Em
2018, caminhoneiros fizeram greve contra o alto preço do diesel na rodovia
Regis Bittencourt, foto tirada em 29 de maio de 2018 em São Paulo. (Foto de
Victor Moriyama / Getty Images)
Caminhoneiros bloquearam, na manhã
desta segunda-feira (1º), duas pistas da Rodovia Castello Branco, na altura de
Barueri, em São Paulo.
O protesto, iniciado às 6h, mira o governador João Doria (PSDB)
e ocorre no dia em que setores da
categoria prometeram iniciar uma greve pelo país.
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A interdição iniciou no km 30,
sentido capital da rodovia, e seguiu com uma caminhada pelas duas pistas da
direita da Castello Branco. As demais faixas seguem liberadas para a passagem
dos veículos. O grupo promete caminhar até um terminal da Petrobras, no km
19,5.
Não há registro de bloqueio em outras
rodovias de São Paulo até o momento.
Esse ato, segundo as lideranças, foi
organizado por autônomos e reivindica a redução do ICMS (Imposto sobre
Circulação de Mercadorias e Serviços) e questiona o pagamento de “pedágios
abusivos”, afirmou o líder Claudinei Habacuque, em entrevista ao UOL.
As pautas da manifestação na Castello
Branco, porém, são diferentes das apresentadas pelas entidades que organizam a
greve, que tem como principal bandeira a alta do preço de combustíveis.
Em nota, o Ministério da
Infraestrutura e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) informaram ao portal UOL
que até as 7h "todas as rodovias federais, concedidas ou sob gestão do
DNIT, encontram-se com o livre fluxo de veículos, não havendo nenhum ponto de
retenção total ou parcial".
CAMINHONEIROS PROMETEM GREVE NESTA
SEGUNDA
Entidades que representam
caminhoneiros prometeram iniciar a greve na segunda-feira (1º) para pressionar
o governo federal a negociar uma pauta com dez exigências, em uma tentativa de
repetir o movimento que, em 2018, parou o país por 11 dias e deu origem à
tabela de preços mínimos para os fretes rodoviários.
A realização da paralisação, no
entanto, não é consenso na categoria, e enfrenta oposição em grupos patronais e
do setor produtivo.
Prestes a começar o escoamento das
safras de milho e soja, o agronegócio -que apoiou o movimento de 2018- diz que
obstruir a logística neste momento seria irresponsável.
Pelo menos quatro entidades
anunciaram participação e estão convocando caminhoneiros a não pegar a estrada
na semana que vem.
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Para os que estiverem fora de suas
cidades, os sindicatos, confederações e associações estão sugerindo que os
motoristas busquem postos de parada, encostem os caminhões e conversem com
outros. Lideranças dizem acreditar que em até três dias conseguirão que 80% dos
motoristas autônomos deixem suas boleias e participem da mobilização.
Confirmaram adesão à greve CNTRC
(Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas), criado no ano passado,
CNTTL (Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística),
ANTB (Associação Nacional de Transporte no Brasil) e Abrava (Associação
Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores).
A pauta de reivindicações traz
questões como a necessidade de um marco regulatório do transporte e de uma
jornada de trabalho para esse tipo de função.
Entre as lideranças, porém, são
listados como "a gota d'água" para a mobilização marcada a falta de
efetividade da aplicação do piso mínimo de frete, o preço do óleo diesel e as
regras para a aposentadoria de motoristas -somente os que conduzem material
inflamável conseguem enquadramento especial junto ao INSS. Falta também
fiscalização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para o
cumprimento do piso do frete, dizem.
Os motoristas alegam que o piso não é
um tabelamento, mas uma garantia de que os custos mínimos da viagem serão
pagos.
Para os grupos contrários à
paralisação, o momento é inoportuno.
A CNTA (Confederação Nacional dos
Transportadores Autônomos) divulgou nota em que diz reconhecer as dificuldades
enfrentadas pelos motoristas, mas descarta a paralisação devido à
"delicada realidade que o país está passando".
Até entre os que participaram do
movimento anterior há discordância quanto à paralisação.
Na sexta (29), um operador de
exportações disse à Reuters que a greve preocupa, mas que as informações que
chegam ao setor são de que o movimento não terá a mesma força, pois não tem o
apoio da sociedade para realizar bloqueios.
As reivindicações, afirmam, são
justas, mas o momento é inoportuno.
Grupos patronais, como a Associação
Nacional do Transporte de Cargas e Logística e a CNT (Confederação Nacional do
Transporte) também divulgaram notas contrárias à paralisação.
O Ministério da Infraestrutura disse,
em nota, que tem uma agenda permanente de diálogo com as principais entidades
representativas da categoria por meio do Fórum do Transporte Rodoviário de
Cargas.
https://br.noticias.yahoo.com/em-greve-caminhoneiros-bloqueiam-rodovia-castello-branco-e-protestam-contra-doria-113416884.html
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