terça-feira, 3 de agosto de 2021

Reverendo que negociou venda de vacinas chora na CPI da Covid Ele também pediu 'desculpas ao Brasil'. Antes, senador disse, em crítica ao reverendo, que os senadores estavam 'diante de falsários e estelionatários que tentam enganar incautos na administração pública'. Por Marcela Mattos, Gustavo Garcia e Jamile Racanicci, G1 e TV Globo — Brasília 03/08/2021 15h47 Atualizado há 24 minutos


 Ele também pediu 'desculpas ao Brasil'. Antes, senador disse, em crítica ao reverendo, que os senadores estavam 'diante de falsários e estelionatários que tentam enganar incautos na administração pública'.

Por Marcela Mattos, Gustavo Garcia e Jamile Racanicci, G1 e TV Globo — Brasília

 


Ana Flor sobre lágrimas de reverendo Amilton na CPI: 'Tudo muito bem ensaiado'
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Ana Flor sobre lágrimas de reverendo Amilton na CPI: 'Tudo muito bem ensaiado'

O reverendo Amilton Gomes de Paula, que negociou venda de 400 milhões de doses de vacina para o governo, chorou nesta terça-feira (3) durante depoimento à CPI da Covid.

"Eu creio que o maior erro que fiz foi abrir as portas da minha casa aqui em Brasília. Sou de Brasília. Eu abri a porta da minha casa num momento que eu estava enfrentando a perda de um ente querido da minha família. E eu queria vacina para o Brasil", disse o reverendo que, em seguida, chorou.

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Ele também pediu "desculpas ao Brasil".

"Eu tenho culpa sim. Eu hoje de madrugada, antes de vir pra cá, eu dobrei os meus joelhos, orei, e aí peço desculpa ao Brasil. E o que eu cometi não agradou, primeiramente, aos olhos de Deus", completou.

Antes, o senador de oposição Jean Paul Prates (PT-RN) fez um duro pronunciamento contra a atuação do reverendo e reforçou que o intuito e a fundação que ele dirige era o de “enganar”.

“É estelionato puro. Nós estamos diante de falsários e estelionatários que tentam enganar incautos na administração pública e ou beneficiar espertos e oportunistas”, disse o senador.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), questionou ao reverendo do que ele se arrependia. Em uma breve resposta, Amilton afirmou: "[Me arrependo] de ter estado nessa operação das vacinas".

Amilton Gomes é fundador de uma entidade privada chamada Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah). O reverendo é considerado uma peça-chave na investigação da CPI, que tenta esclarecer como o governo brasileiro negociou a aquisição de imunizantes por meio de intermediários.

Amilton Gomes participou de negociação para a venda de 400 milhões de doses da AstraZeneca, em um momento de escassez de doses de imunizantes em todo o mundo. Essa negociação é investigada pela CPI, pelas suspeitas de irregularidades.

O reverendo e a entidade que fundou, a Senah, receberam aval do então diretor de Imunização do Ministério da Saúde Laurício Monteiro Cruz para negociar a vacina AstraZeneca em nome do governo com a empresa americana Davati Medical Supply. O caso foi revelado em reportagem do Jornal Nacional.

Vítima ou parte

A fala do reverendo aconteceu após questionamentos feitos pelo senador Marcos Rogério (DEM-RO), um dos integrantes da tropa de choque do governo na CPI. Durante o discurso, Rogério afirmou não saber se Amilton Gomes “foi enganado ou se é parte de uma tríade de golpistas”.

g1.globo.com




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