terça-feira, 26 de julho de 2022

Blitz do Zá: Varíola dos macacos: Saúde do DF diz estar preparada para enfrentar doença

 

Brasília tem 16 casos confirmados e 40 em investigação. Testes que detectam vírus são feitos no Rio de Janeiro, no entanto, segundo secretaria, em 15 dias exame será realizado no DF.

Por Caroline Cintra, g1 DF

Partícula do vírus da varíola dos macacos; OMS detectou cerca de 80 

casos em 12 países — Foto: SCIENCE PHOTO LIBRARY/BBC

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informou, na tarde desta segunda-feira (25), que 

está preparada para enfrentar os casos de varíola dos macacos — monkeypox. No sábado (23), a 

Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a doença tornou-se a nova emergência de saúde 

global.

Em entrevista ao g1, o diretor de Vigilância Epidemiológica, Fabiano dos Anjos, explicou que, no Brasil,

 a situação é considerada de menor gravidade. Mas ele destaca que as "autoridades de Saúde não podem

 relaxar com a situação, que tem grande potencial de transmissão, embora não seja alto".

No DF, uma das medidas de enfrentamento à doença é a realização de testes que detectam o vírus 

no próprio Distrito Federal. Atualmente, as amostras são enviadas à Universidade Federal Rio de

 Janeiro (UFRJ) para confirmação.

"Todos os estados mandam para lá. Nas próximas duas semanas, a Secretaria de Saúde já vai fazer 

os testes aqui. A secretaria se preparou de maneira muito ágil no sentido de pensar na possibilidade 

de garantir um diagnóstico mais rápido", diz Fabiano dos Anjos.

De acordo com o diretor de Vigilância Epidemiológica, a pasta tem retaguarda de leitos hospitalares,

 considerando os grupos de maior risco, como pessoas imunossuprimidas, gestantes e crianças

"A rede está preparada para receber possíveis pacientes com maior gravidade".

Segundo a SES-DF, na capital, todos os pacientes com diagnóstico positivo são homens, com 

idade entre 20 e 39 anos. Eles moram em CeilândiaSamambaia, Vicente Pires, Águas Claras,

 Núcleo Bandeirante, Park Way, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Itapoã e São Sebastião.

Transmissão e letalidade

Corpo de um homem não identificado com marcas da varíola dos macacos 

— Foto: CDC/Brian W.J. Mahy/Handout via REUTERS

Na última semana, a Secretaria de Saúde do DF confirmou transmissão comunitária da doença 

na capital. "É importante que as pessoas tenham conhecimento do risco de pegar essa doença e

 da forma de se proteger", diz Fabiano dos Anjos.

Segundo o médico, o que se tem observado, até o momento, é que as transmissões confirmadas

 no DF ocorreram por contato próximo ou íntimo.

"Pele com pele, boca com pele, via respiratória. Esse é um vírus que pode ser transmitido pela saliva

 também. Não precisa beijar a pessoa, mas é preciso ter cuidado com todos aqueles objetos que estão

 próximo de quem está com a doença", diz o diretor de Vigilância Sanitária.

Um dos alertas feitos pelo especialista são os riscos ao manter relação sexual com pessoas 

desconhecidas. "Pessoas que mantêm prática sexual com multiparceiros precisam ter conhecimento

 que essa prática pode trazer risco maior de transmissão", aponta o médico.

A taxa de letalidade da varíola dos macacos é baixa, segundo Fabiano dos Anjos. Dos mais 

de 16 mil casos confirmados no mundo, cinco terminaram em morte.

"Hoje, o tipo de variante que circula pelo mundo é derivada da Nigéria. Os relatos científicos mostram

 que a taxa de letalidade gira em torno de 2% a 3%. A maioria das pessoas passa pela doença de

 maneira tranquila e evolui para a cura", diz o especialista.

 

Sintomas da varíola dos macacos

Veja os sintomas iniciais mais comuns:

  • Febre
  • Dor de cabeça
  • Dores musculares
  • Dor nas costas
  • Gânglios (linfonodos) inchados
  • Calafrios
  • Exaustão

O diretor de Vigilância Sanitária, Fabiano dos Anjos, explica que os primeiros 5 dias são acompanhados

 de um quadro característico de gripe. Em seguida, podem aparecem algumas manchas pelo corpo,

 como ínguas, perto da orelha, da virilha, da axila e/ou da garganta.

"Quando a febre diminui, começam a aparecer as lesões. Começam com um ponto, depois formam 

bolhas com líquido incolor, depois o líquido escurece e fica parecendo uma pérola. Depois, passa 

pelo processo de secar e cair", diz o médico.

 

Como se proteger

Pessoa usando álcool gel — Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O uso de máscaras, o distanciamento e a higienização das mãos com álcool gel são formas de

 evitar o contágio pela varíola dos macacos. Para higienizar a casa, a orientação é usar água sanitária.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reforçou a adoção dessas medidas, frisando 

que elas também servem para proteger contra a Covid-19.

"Tais medidas não farmacológicas, como o distanciamento físico sempre que possível, o uso 

de máscaras de proteção e a higienização frequente das mãos, têm o condão de proteger o

 indivíduo e a coletividade não apenas contra a Covid-19, mas também contra outras doenças", alerta 

a Anvisa.

 

 https://g1.globo.com/df/distrito-federal/noticia/2022/07/25/variola-

dos-macacos-saude-do-df-diz-estar-preparada-para-enfrentamento-da-doenca.ghtml


https://www.youtube.com/watch?v=mDoAqSITS-Y&list=UUze1Xw_IJfcD90qU1SZNNUw&index=23





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