quarta-feira, 4 de junho de 2025

Reunião na UPB discute crise hídrica no Rio Utinga e propõe soluções estruturais

 

Na reunião foi anunciado o plano emergencial para construção de seis pequenos barramentos

A crise hídrica que atinge o Rio Utinga no município de Wagner, na Chapada Diamantina, foi tema 

central de uma reunião de articulação institucional realizada nesta terça-feira (03), na sede da União 

dos Municípios da Bahia (UPB), em Salvador. O encontro, articulado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica

 do Rio Paraguaçu e a UPB, reuniu prefeitos, lideranças políticas, representantes do Governo do 

Estado e da sociedade civil, com o objetivo de discutir soluções emergenciais e estruturantes para 

garantir o abastecimento de água na região.

Entre as principais propostas apresentadas está a construção da Barragem do Rio Bonito, considerada 

essencial para resolver, de forma definitiva, o problema da escassez hídrica que afeta comunidades rurais,

 pequenos produtores e áreas urbanas. O projeto já foi entregue à Superintendência de Infraestrutura 

Hídrica da Bahia (CERB) e está em fase de análise, com previsão de conclusão até 2029. A 

expectativa é que a obra seja financiada com recursos do Novo PAC, por meio de articulação com o 

Governo Federal e apoio do ministro da Casa Civil, Rui Costa.

A reunião contou com a presença do presidente da UPB, Wilson Cardoso; do presidente da CERB,

 Jayme Vieira Lima; da secretária estadual de Recursos Hídricos, Larissa Moraes; da diretora do 

INEMA, Maria Amélia; do presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraguaçu, 

Guilherme Sarmento; do vice-presidente do comitê, Ismael Medeiros; dos representantes da 

Associação dos Agricultores da Bacia do Rio Utinga, Romero Francisco da Silva e Frederico 

Andrade; do representante da Embasa, Glauco Cayres de Souza, engenheiro da Assessoria da

 Diretoria de Operações do Interior; do assessor técnico do deputado estadual José de Arimateia, 

Eduardo Macário; do prefeito de Bonito; do prefeito de Wagner; da prefeita de Mucugê, Ana Medrado;

 e de Evilásio Fraga, membro do Comitê da Bacia do Rio Paraguaçu.

Durante a apresentação, Larissa Moraes detalhou o cronograma da barragem e anunciou um plano

 emergencial para construção de seis pequenos barramentos — quatro em Wagner e dois em Lençóis — 

com licitação prevista ainda para o mês de junho. Essas intervenções visam mitigar os efeitos imediatos

 da seca até que a barragem principal seja concluída.

O presidente da CERB, Jayme Vieira, também destacou o projeto da adutora de Wagner, que será 

alimentada pela futura barragem e terá investimento estimado em R$ 7,4 milhões. A adutora será

 fundamental para o abastecimento da região e seguirá o cronograma da obra principal.

A diretora do INEMA, Maria Amélia, reforçou a importância da gestão integrada dos recursos hídricos e

 anunciou um acordo de cooperação técnica para cadastrar e monitorar os usuários da bacia, além de 

priorizar autorizações e promover campanhas de conscientização sobre o uso responsável da água.

Um dos encaminhamentos do encontro foi a criação de um núcleo de acompanhamento técnico, j

urídico e político, com representantes dos municípios e do comitê da bacia, com a missão de garantir interlo

cução contínua com os órgãos estaduais e federais. A reunião também apontou a necessidade de 

recuperar dois barramentos antigos, identificados em visita técnica, com apoio do consórcio Chapada 

Forte e das prefeituras locais.

O presidente da UPB, Wilson Cardoso, destacou o caráter estratégico da iniciativa. “Esta é uma ação de

 longo prazo. Muitos dos gestores aqui talvez não estejam mais à frente de seus cargos quando a

 barragem for entregue, mas estão empenhados em garantir segurança hídrica para as próximas gerações”, 

afirmou.

Prefeitos como Thiago Rocha (Wagner) e Ana Medrado (Mucugê) reforçaram a urgência de ações 

imediatas diante da estiagem severa, considerada uma das piores dos últimos anos na Chapada Diamantina. 

A mobilização conta ainda com o apoio do governador Jerônimo Rodrigues, que tem tratado a questão

 como prioridade da gestão estadual.

Outro ponto relevante debatido foi a necessidade de um pacto regional com os produtores para evitar 

a ampliação de áreas irrigadas até que os novos reservatórios estejam em funcionamento. A cultura da

 banana, vital para a economia local, também foi discutida, com foco em técnicas modernas de irrigação e

 no uso consciente dos recursos hídricos.

A crise hídrica que assola o Rio Utinga exige respostas coordenadas, sustentáveis e eficazes. A união entre

 governos, municípios e sociedade civil é o caminho para garantir um futuro de segurança hídrica para toda 

a região do semiárido baiano.

https://upb.org.br/2025/06/03/reuniao-na-upb-discute-crise-hidrica-no-rio-utinga-e-propoe-solucoes-estruturais/

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