O governo reduziu a expectativa para o crescimento do
Produto Interno Bruto (PIB) em 2019, de 2,2% para 1,6%. A revisão foi anunciada
nesta quarta-feira (22) pelo Ministério da Economia.
Apesar da queda, a expectativa ainda é mais otimista do que
a do mercado financeiro, que espera
uma alta de 1,24% no PIB em 2019.
"Essa previsão foi feita há algumas semanas, próxima ao
que o mercado estimava na ocasião. Sabemos que ela se alterou, com viés de
baixa, para 1,24%. Mas, em função da necessidade de termos de preparar várias
informações, envolvendo várias instituições, mantivemos essa estimativa para
2019", afirmou o secretário-especial de Fazenda do Ministério da Economia,
Waldery Rodrigues.
Além disso, ao
contrário do que era esperado, o anúncio da revisão da expectativa para o
PIB não veio acompanhado de um novo bloqueio de gastos.
O crescimento menor da economia implica em uma arrecadação
de impostos menor que a prevista. Isso faz com que o governo tenha mais
dificuldade para cumprir a meta fiscal. Para este ano, a meta é déficit
(despesas maiores que receitas) de R$ 139 bilhões.
Mais verba para Educação e Meio Ambiente
Ao invés do bloqueio, para compensar a perda na arrecadação
de R$ 2,16 bilhões, o governo anunciou que vai usar uma parte da chamada
"reserva de contingência" - uma margem de precaução para cumprimento
da meta fiscal - para acomodar esse valor.
Além disso, o governo também resolveu liberar gastos em R$
1,587 bilhão, para o Ministério da Educação, e de R$ 56 milhões, para o
Ministério do Meio Ambiente. Com isso, a reserva de contingência, que era de R$
5,37 bilhões, caiu para R$ 1,562 bilhão.
Segundo Rodrigues, a decisão de não efetuar novo bloqueio, e
de liberar mais recursos para a Educação e para o Meio Ambiente, foi de
governo. Apesar de questionado, ele não respondeu se a liberação de recursos
está relacionada com os protestos
da população do dia 15 de maio.
Fonte: G1
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