Dos 514 documentos entregues à CPI da
Covid até a quarta-feira passada, 87 (17%) estão sob sigilo e só podem ser
acessados por integrantes da comissão. A maioria deles foi enviada por
procuradorias, promotorias, pelo Ministério das Relações Exteriores e por
empresas que negociaram com o governo federal durante a pandemia.
© DIDA SAMPAIO/ESTADÃO O
relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB AL), foi alvo de reclamações da
base governista pela forma como conduziu alguns depoimentos
Entre os papéis restritos, há
informações oficiais do Ministério das Relações Exteriores sobre a adesão do
Brasil ao consórcio internacional de vacinas Covax Facility e sobre a viagem
feita à Israel em março deste ano. Eles foram apresentados como “prova” de
depoimentos realizados na comissão.
Os documentos confidenciais não se
restringem às informações do governo. Parte deles é relativa a investigações em
andamento sobre o uso de recursos federais no combate à pandemia nos Estados.
Outros tratam de negociações de empresas com o governo federal, para a
aquisição de vacinas, medicamentos e insumos.
De acordo com o presidente da CPI, o
senador Omar Aziz (PSD-AM), ao longo do último mês, foram recebidos pela
secretaria da comissão 300 gigabytes de documentos, sendo 100 gigabytes de
dados sigilosos. Renan afirmou que os documentos “já chegam na comissão como
sigilo imposto pelo órgão que forneceu as informações”. Segundo ele, os dados
serão citados e vão colaborar com o relatório final da CPI. “São as provas dos depoimentos.”
https://www.msn.com/pt-br/noticias/brasil/cpi-da-covid-tem-17percent-de-dados-sob-sigilo/ar-AAKwRRv?ocid=mailsignout&li=AAggXC1
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