Alta do diesel mantém caminhoneiros inquietos. Qual é o risco de uma nova greve da categoria
fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/economia/qual-risco-greve-dos-caminhoneiros-apos-nova-alta-no-preco-do-diesel/
O recente reajuste de 3,7% no preço do óleo diesel, anunciado na segunda-feira (5) para acompanhar o mercado internacional, voltou a gerar inquietação entre os caminhoneiros. A alta acumulada no ano já chega a 40%, encarecendo o valor do frete rodoviário e reduzindo a margem dos profissionais da estrada. Apesar disso, o risco de acontecer uma greve dos caminhoneiros por causa do aumento no combustível é baixa.
Uma nova tentativa de paralisação da categoria está marcada para o dia 25 de julho, após o fracasso do movimento grevista que deveria ter ocorrido em fevereiro. A tendência para essa convocação — anunciada semanas após o governo federal lançar o programa Gigantes do Asfalto de apoio aos profissionais da estrada — é de outra frustração para os transportadores autônomos dispostos a cruzar os braços.
A maioria dos caminhoneiros é contrária a uma paralisação nacional, segundo lideranças e representantes sindicais ouvidos pela Gazeta do Povo. Nenhuma das fontes defendeu o ato convocado pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC).
O caminhoneiro Janderson Maçaneiro, o Patrola, calcula que mais de 50% dos profissionais estão insatisfeitos atualmente com questões como o preço do diesel e do frete. Ele é líder da categoria nas regiões portuárias de Itajaí (SC) e Navegantes (SC), onde atuam 3 mil transportadores autônomos.
Dos caminhoneiros insatisfeitos na região portuária catarinense, Patrola estima, contudo, que menos de 4% entrariam em greve. "Essa tentativa de paralisação é absurda, coisa sem nexo, é uma tremenda palhaçada. Tem muito caminhoneiro insatisfeito, mas só um ou outro disposto a uma paralisação", afirma.
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