Covid-19: Variante Ômicron é dominante na Bahia; confira
Considerada menos letal, a variante
ômicron da Covid-19 tem capacidade de
transmissão maior e pode afetar a ocupação de leitos na Bahia. Essa é a
avaliação feita nesta quinta-feira (20) pela diretora de vigilância epidemiológica
da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (Sesab), Márcia São Pedro, ao
analisar a predominância da ômicron nos testes sequenciados pelo
Laboratório Central de Saúde Pública da Bahia (Lacen-BA).
"A variante ômicron tem
capacidade de transmissão maior e a severidade dos quadros infecciosos mais
leves. Isso preocupa porque sabemos que a severidade do quadro vai estar
relacionada não só com a capacidade de replicação desse vírus, mas também com a
imunidade do paciente".
"É uma variante com capacidade
de transmissão muito grande, um risco global, porque vai se espalhar e atingir
um número maior de pessoas. Com isso, mais pessoas vão adoecer".
Variante Ômicron representa mais de 76% das
amostras analisadas pelo Lacen-BA em janeiro — Foto: Governo da Bahia
A especialista também chamou atenção
para o fato de que a vacina é o principal fator que pode ajudar a conter as
contaminações e o agravamento de casos registrados.
"Do ponto de vista
epidemiológico, o número de casos ativos tem aumentado e o número de casos
novos também. Temos o número grande de pessoas que não estão sendo vacinadas. O
negacionismo contra a vacina tem impedido da gente fazer um bloqueio da
transmissão desse vírus", ponderou.
A Bahia tem mais de 1,8 milhão de
pessoas que ainda não tomaram a segunda dose da vacina. Para a diretora de
Vigilância Epidemiológica, esse é um dos principais problemas enfrentados pelo
estado na pandemia.
"O que a gente espera não são
dias muito bons. Estamos realmente muito preocupados com essa condução e com
esse aumento no estado da Bahia".
Márcia São Pedro destaca ainda o
risco das pessoas com baixa imunidade e comorbidades, principalmente aquelas
acima dos 60 anos e que podem evoluir para quadros graves da doença.
"Nós não podemos aceitar óbitos
por causas que são evitáveis com a Covid".
https://g1.globo.com/ba/bahia/noticia/2022/01/20/esperamos-dias-que-nao-sao-muito-bons-avalia-diretora-da-vigilancia-epidemiologica-da-secretaria-de-saude-da-bahia-sobre-a-covid-19.ghtml
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