Os Estados Unidos acusaram, nesta terça-feira (23), Moscou de planejar uma intensificação iminente dos bombardeios na Ucrânia, onde a guerra entra em seu sétimo mês, enquanto a Rússia respondeu que não terá "piedade" com os assassinos de Daria Duguina, filha de uma ideólogo russo próximo ao Kremlin.
A embaixada americana em Kiev alertou que a Rússia está disposta a intensificar os bombardeios "nos próximos dias" na Ucrânia e pediu para que os cidadãos ucranianos deixem o país o quanto antes pelos "meios de transporte terrestre privados disponíveis".
Após o recuo das forças russas dos arredores de Kiev no fim de março, os principais combates se concentram no leste da Ucrânia, onde Moscou avançou de maneira lenta até chegar a uma fase de estagnação, e no sul, onde as tropas ucranianas anunciaram uma lenta contraofensiva.
"Devemos estar cientes de que provocações russas repugnantes e bombardeios brutais são possíveis amanhã", alertou o presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, em sua tradicional mensagem noturna.
Zelensky referia-se ao aniversário da independência da Ucrânia, nesta quarta-feira, que coincide com os seis meses do início da invasão russa.
"É claro que responderemos a toda manifestação de terrorismo russo", completou o presidente da Ucrânia, que durante o dia reuniu-se com o colega polonês, Andrzej Duda, um de seus principais apoiadores.
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