A rede varejista Marisa informou nesta segunda-feira (28)
que decidiu encerrar operações com venda direta (vendas feitas diretamente por
consultoras a consumidores) para concentrar esforços da empresa em negócios
mais maduros e reduzir custos, diante do aumento do nível de incerteza e da
deterioração do cenário econômico atual.
"A crise econômica enfrentada pelo país, sem
precedentes na nossa história recente, foi fator decisivo para descontinuarmos
a operação de venda direta", disse em comunicado o presidente da
companhia, Marcio Goldfarb.
A companhia iniciou a atividade de venda direta em 2012,
afirma em nota Adalberto Santos, CFO da empresa. "No entanto, a degradação
acelerada do ambiente de consumo faz com que o retorno do projeto se torne por
demasiado longo", afirmou. "É importante mantermos o foco na busca de
eficiência nas nossas operações mais maduras e ampliarmos a nossa capacidade de
geração de caixa”.
A Marisa informou também que foram fechadas 4 lojas e que
estuda o fechamento de um total de 15 unidades. A rede mantém atualmente 409
lojas em atividade.
"Chegamos ao final desse ano com elevado grau de
incerteza em nosso país. A perspectiva de deterioração ainda maior na atividade
econômica talvez seja a única unanimidade em meio a todos, especialistas ou
não. Independentemente do que venha a ocorrer, a Marisa está tomando as medidas
necessárias para atravessar tal período e continuar sua trajetória de
crescimento", informou a companhia no seu balanço de 3º trimestre.
As Lojas Maria reportou prejuízo líquido de de R$ 26,9
milhões no período entre junho e setembro, o que corresponde a uma perda 46%
maior do que a registrada em igual período de 2014.
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