A bondade é irmã da solidariedade, da mansidão, da modéstia. A bondade é serena, paciente, constante, diligente. Quem é bondoso não busca recompensas ou elogios. É uma mão discreta que generosamente dá, sem que, sequer, a outra mão perceba o que aconteceu. A antítese da bondade se manifesta na arrogância, na violência, nas ambições rasteiras, no exibicionismo, na injustiça, na vaidade e na mentira. A bondade é uma virtude difícil de ser exercida e compreendida. Às vezes lembra fraqueza, timidez, tibieza, ingenuidade. Nada mais ilusório, porém. A bondade autêntica é conscientemente firme, pois sabe ser instrumento dos sábios e defesa dos desprotegidos. É refúgio confiável dos homens a que protege das imposições das elites sociais irresponsáveis, desumanas, egoístas e indiferentes.
Delio Martins
Escritor
Nenhum comentário:
Postar um comentário